terça-feira, 29 de junho de 2010

Autoreflexão




Certa vez contei uma mentira a um homem. Ele respondeu dizendo-me isto:“- Todas as decisões que devo tomar serão baseadas nas suas palavras. “... Desde então, eu só disse a verdade. Certa vez reclamei de um presente que recebi, porque não era o que eu queria. Aquele que me presenteou percebeu o desapontamento em meus olhos e me disse: “- Escolhi o presente mais valioso que poderia encontrar, porque achei que você deveria ter um deste...” Desde então, fico muito alegre com cada presente que recebo. Certa vez um homem contou-me um segredo, o qual sussurrei baixinho no ouvido de outro amigo. O homem me disse isto, depois de ouvir seu segredo repetido: “A razão pela qual lhe contei meu segredo foi porque confiei em você, não em seu amigo...” Desde então, aprendi a guardar segredos. Certa vez dei um presente a uma amiga e ela chorou. Desculpei-me por ser um presente tão pequeno, mas era o que eu tinha encontrado. E ela me respondeu: “Não há nada de errado com o presente, estou emocionada porque você se lembrou de mim...” Desde então, eu dou presentes freqüentemente. Estava tentando apenas ser eu mesmo, passando despercebido, sem chamar atenção. E me foi dito isto: “O fato de você não se adequar faz com que você fique fora de tudo...” Desde então, eu penso sobre como devo agir, mesmo sem ferir meus princípios. Fazemos parte de um universo, não vivemos aqui sozinhos.Cada movimento que fazemos cria uma onda no oceano do outro. Cada vez que respiramos, afetamos todo o ar à nossa volta. Cada palavra que expressamos bate no ouvido de alguém. Aquilo que tocamos é sentido por outra pessoa.Aquilo que fazemos, certamente afetará alguém. O que não fazemos também afetará pessoas.Nós nunca sabemos a distância realmente alcançada por algo que falamos ou fazemos até que nos retorne... Todas as coisas na vida formam um círculo e estamos no meio dele, quer o vejamos ou não... E tudo que devo fazer é criar agradáveis ondas, aquelas que envolvem calorosamente tudo em torno de mim, e que voltam suaves, fazendo por sua vez que eu crie, cada vez mais, ondas agradáveis.

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